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Coração: Vitamina D pode ajudar a reduzir o colesterol em mulheres

Saúde feminina: Vitamina D pode ser um dos fatores que contribui com a redução do risco cardíaco

Diferentes estudos já sugeriram que a vitamina D pode proteger o coração, e agora uma nova pesquisa ajuda a explicar como isso acontece. De acordo com o trabalho, feito na Universidade Thomas Jefferson, nos Estados Unidos, suplementos diários do nutriente reduzem os níveis de colesterol “ruim” (LDL) na corrente sanguínea e, consequentemente, contribuem com a prevenção de doenças cardíacas.

Para chegar a essa conclusão, os autores do estudo selecionaram 576 mulheres que já haviam passado pela menopausa. O risco de doenças cardíacas é maior nessa fase da vida da mulher porque a produção de estrogênio, hormônio que protege o coração, diminui. As participantes passaram a tomar suplementos que combinavam vitamina D e cálcio ou então doses de placebo diariamente e ao longo de dois anos. Além disso, os pesquisadores coletaram, no início e no final do estudo, amostras de sangue das participantes para analisar seus níveis de colesterol.

Após ajustar os resultados em relação a outros fatores de risco ao coração, como tabagismo e consumo de álcool, a equipe descobriu que as mulheres que ingeriram vitamina D apresentaram uma pequena, porém notável redução nos níveis de LDL. O mesmo benefício não foi observado nas participantes do grupo do placebo.

Segundo Peter Schantz, o efeito da vitamina D pode ser significativo na prevenção contra doenças cardíacas, mas não é possível dizer que o nutriente, sozinho, seja capaz de evitar a condição nas pessoas. Para isso, é preciso que as pessoas continuem tomando outros cuidados, como não fumar, praticar exercícios e se alimentar de forma correta. O estudo foi publicado na edição deste mês do periódico Menopause.

Gera bebês mais saudáveis

Ter baixos níveis de vitamina D durante a gravidez significa transmitir menor quantidade do nutriente ao futuro bebê — o que pode ocasionar uma série de problemas. Um estudo da Universidade de Pittsburgh, nos Estados Unidos, mostrou que a falta de vitamina D faz com que as mulheres deem à luz bebês com baixo peso, já que sem o nutriente a absorção de cálcio pelo organismo é prejudicada, e o crescimento ósseo, reduzido. Outra pesquisa, britânica, provou que filhos de mães com baixos níveis da vitamina têm chances 5% maiores de desenvolver esclerose múltipla na idade adulta.

Previne fraturas em idosos

A vitamina D é especialmente benéfica para idosos. Um estudo suíço mostrou que 20 microgramas diários do nutriente ajudam a evitar fraturas nas pessoas mais velhas, já que a vitamina auxilia na absorção de cálcio pelo organismo, fortalecendo os ossos. De acordo com outro estudo, realizado na Dinamarca, a ingestão de suplementos de cálcio e de vitamina D faz com que os idosos tenham maior expectativa de vida, reduzindo em 9% as chances de mortalidade em um período de três anos.

Combate o diabetes

A vitamina D pode ser aliada na luta contra o diabetes tipo 2. Em uma entrevista no livro ‘The Healing Power of Sunlight & Vitamin D’ (O poder de cura da luz do sol e da vitamina D, em tradução livre), o médico Michael Holick afirma que a falta da substância pode agravar os efeitos do diabetes tipo 2 no organismo. Isso porque a vitamina D regula a secreção de insulina pelo pâncreas e pode aumentar a sensibilidade ao hormônio. Já uma pesquisa alemã afirma que as propriedades anti-inflamatórias da vitamina protegem o organismo contra a doença.

Evita o câncer

Segundo Michael Holick no livro ‘The Healing Power of Sunlight & Vitamin D’, a vitamina D possui a capacidade de regular o crescimento celular. Por isso, pessoas que vivem em países onde a incidência dos raios solares é menor são mais propensas à deficiência de vitamina D e ao desenvolvimento de alguns tipos de câncer.

Fortalece o sistema imunológico

A vitamina D é capaz de estimular as defesas naturais do corpo, diminuindo o risco de infecções. Reforçando essa ideia, um estudo apresentado nos Estados Unidos provou que a razão pela qual os obesos têm mais alergias do que pessoas de peso normal está justamente na deficiência de vitamina D — a relação entre excesso de peso e a diminuição do nutriente no organismo já foi cientificamente comprovada.

Faz bem para os pulmões

Diversos estudos científicos já comprovaram a contribuição da vitamina D para a saúde pulmonar. Segundo um trabalho publicado no periódico ‘American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine’, em caso de infecção pulmonar, o nutriente é capaz de acelerar os efeitos do tratamento medicamentoso. Outro estudo, realizado pela Universidade Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que a vitamina D tem um efeito protetor contra os efeitos do tabagismo na função pulmonar. De acordo com os pesquisadores, a falta do nutriente prejudica ainda mais a atividade dos pulmões dos fumantes.

Reduz os efeitos do Alzheimer

Segundo uma revisão de estudos realizada no Canadá, os resultados de testes cognitivos em pessoas com Alzheimer pioram quando a concentração de vitamina D está baixa. Os cientistas não sabem ainda, contudo, que condição dá origem à outra — se é a falta de vitamina D que ocasiona o Alzheimer, ou o contrário.

Afasta doenças cardiovasculares

Cientistas da Universidade da Dinamarca acompanharam mais de 10 000 pessoas por 29 anos e constataram: o risco de infarto e morte aumenta quando há deficiência de vitamina D no organismo. O nutriente participa do controle das contrações do músculo cardíaco. Além disso, quando seus níveis estão baixos, pode haver acúmulo de cálcio nas paredes das artérias, favorecendo a formação de placas que aumentam a probabilidade de infarto e derrame.

Fonte: Revista Veja