Um novo estudo sugere que suplementos de azeite de oliva podem ajudar a neutralizar os danos provocados pela poluição atmosférica à saúde cardiovascular. Sabe-se que a exposição aos poluentes do ar, entre outros prejuízos, pode danificar o revestimento dos vasos sanguíneos, aumentando o risco de doenças como a aterosclerose, que ocorre com o entupimento dos vasos. “Como o azeite de oliva e a gordura do peixe são conhecidos por beneficiar os vasos sanguíneos, decidimos estudar se suplementos desses alimentos poderiam reverter o impacto da poluição”, diz Haiyan Tong, biologista da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e coordenadora do estudo.
A pesquisa, divulgada nesta segunda-feira durante a Conferência Internacional da Sociedade Americana Torácica, em San Diego, foi realizada com 43 indivíduos saudáveis. Parte deles ingeriu um suplemento contendo três gramas de azeite de oliva por dia durante um mês; outra parte recebeu suplementos de óleo de peixe; e o restante não recebeu suplemento algum. Depois, todos os participantes foram expostos a um ambiente controlado com ar filtrado durante duas horas e, no dia seguinte, a um ambiente controlado contendo poluentes atmosféricos.
Os pesquisadores avaliaram a função dos vasos sanguíneos dos participantes após eles serem expostos aos dois ambientes. A equipe observou que, após serem expostos aos poluentes, os indivíduos que não tomaram suplementos ou ingeriram óleo de peixe apresentaram uma piora em diversos aspectos da função vascular – prejuízo que não foi observado entre aqueles que tomaram suplementos de azeite.
“Se os resultados do nosso estudo forem replicados em novas pesquisas, o uso desses suplementos pode ser uma forma segura, barata e eficaz de neutralizar algumas das consequências da exposição à poluição do ar à saúde”, diz Haiyan.
Prejuízo — Uma pesquisa apresentada durante a mesma conferência indicou que fetos expostos a altos níveis de poluição atmosférica durante o segundo trimestre da gestação correm um maior risco de ter asma na infância. A relação entre poluentes e asma já era conhecida, mas nenhum estudo havia especificado em que momento da gravidez essa exposição é mais prejudicial. O estudo, feito na Faculdade de Medicina Icahn em Mount Sinai, Estados Unidos, acompanhou 430 crianças desde o nascimento até completarem sete anos.
Fonte: revista veja